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Instituições filantrópicas têm 29,5% dos leitos do CE

A Federação das Misericórdias e Entidades Filantrópicas do Ceará (FEMICE) classificou como importante a aprovação do Projeto de Lei (PL) 1435/22, que determinou a revisão anual dos valores para a remuneração de serviços prestados ao Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o presidente da entidade, Rafael Vieira, ao longo das décadas, as instituições filantrópicas vêm solicitando a adequação da tabela do SUS, porém, tal discussão não avançava. “O principal problema das entidades é o subfinanciamento dos serviços. Tudo inflacionou e, com a pandemia, se intensificou a questão dos custos de materiais e medicamentos. Mesmo com o fim da crise, não houve nenhuma redução. Manter um hospital filantrópico com a tabela do SUS é um desafio desanimador, pois a conta não bate”, afirma.

O presidente conta que, em todo o Brasil, as dívidas das entidades filantrópicas ultrapassam a quantia de R$ 3 trilhões, valor que ele considera quase impossível de ser quitado. No Ceará, são 58 instituições do tipo, que comportam 29,54%por cento dos cerca de 21,3 mil leitos disponíveis em todo o território. Em maio deste ano, por exemplo, tais estabelecimentos foram responsáveis por 36,84% de todas as cirurgias realizadas pelo Estado. “A presença dos filantrópicos continua sendo de suma importância para a população cearense, tendo em vista que a alta complexidade chega a ser ofertada em quase 60% do serviço da oncologia […] Os prestadores de saúde de tais instituições demonstram mensalmente, via produção, a sua eficácia e eficiência”, defende o presidente da FEMICE.

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